A disciplina da arquitectura procurou (quase) sempre ocultar a sua função de contentor de fluxos e infraestruturas.
Vivemos num tempo em que se espera uma performance de excelência dos edifícios, não só ao nível do conforto, como também ao nível da sustentabilidade ambiental no sentido de termos edifícios auto-suficientes energeticamente. A quantidade de aparatos técnicos necessários para atingir essa performance torna a sua ocultação um esforço inglório, gerando uma série de não-espaços e cavidades inacessíveis que ocupam uma parte significativa do espaço disponível.
Em 2014, Rem Koolhaas expunha na Bienal de Veneza os elementos fundamentais da arquitectura - chão, parede, tecto, telhado, porta, janela, fachada, …. - evidenciando o seu carácter cada vez mais infraestrutural e tecnológico distanciando-se do simbolismo e gravitas de outros tempos.
Dez anos depois, a infraestrutura tornou-se arquitectura?
A reabilitação dos dois Palacetes está fundamentada na preservação da estrutura arquitectónica existente. A adaptação do espaço à nova função de turismo é feita através da adição de elementos infraestruturais. Os novos elementos a construir são na sua grande maioria instalações sanitárias, dotando cada quarto de uma instalação sanitária privativa.
A nova infraestrutura assume-se como um objecto tridimensional, visível, que ocupa o espaço existente conformando novos vazios e relações espaciais. Um sistema, em último caso, reversível.
@BrancoPrata
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©Hugo Santos Silva
A Unidade de Higiene Urbana de Belém é um edifício e é uma infraestrutura da cidade.
A secção transversal foi desenhada de forma a que todos os espaços desfrutem de iluminação e ventilação natural apesar de o edifício estar semi enterrado. O piso dos balneários - piso 1 - recua em relação às fachadas longitudinais, criando poços de luz que iluminam a garagem no piso térreo. A fachada principal descola-se das atividades que se desenrolam atrás de si e apresenta-se ao espaço urbano como um plano abstrato em tijolo de face à vista, perfurado. Este plano está afastado do chão e da cobertura permitindo o acesso ao nível do piso térreo, e vistas desafogadas sobre o rio no último piso, onde se localizam os escritórios e cantinas.
©Hugo Santos Silva
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©João Peleteiro
©SRU Lisboa Ocidental
O edifício existente da Escola Básica O Leão de Arroios, da autoria dos Arqtºs Eduardo Malhado e Luis Prats, resolve de forma singular e original a dificuldade de encaixar as necessidades de um equipamento escolar numa malha urbana densa.
Todo o espaço do edifício cumpre simultaneamente duas funções: o espaço interior é espaço formal de aula e a sua cobertura é espaço informal de recreio. A aprendizagem formal e informal coexistem num equipamento escolar espacialmente rico e complexo.
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A reabilitação e ampliação da Escola Básica Leão de Arroios define-se em três acções:
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