A escola faz parte dum novo loteamento ortogonal, implantado no meio de urbanizações características do processo de crescimento da cidade desde os anos 80 até aos dias de hoje. A implantação do novo edifício é definida pelo programa social e de serviços, distribuído ao longo de uma linha de cota que atravessa todo o lote e estabelece a continuidade entre a construção existente e o futuro bairro a norte. O corpo de aprendizagem formal (as salas e laboratórios) desenvolve-se num piso de nível, um quadrado de 88x88m, que estabelece uma nova referência construída para as urbanizações futuras, flutuando acima do terreno e enquadrando a Serra de Sintra.
Da tensão entre o chão e o quadrado nasce um espaço de transição onde se privilegia a aprendizagem informal. Este vazio define um percurso através da sucessão de espaços interiores e exteriores, e estrutura os núcleos fundamentais da escola.
O território do átrio e áreas sociais expande-se até aos outros pisos da escola através de um eixo de circulação perpendicular ao eixo principal. Duas generosas escadarias são complementadas por um sistema de rampas que ligam os espaços informais da escola com o corpo formal das salas de aula. A longa rampa, atravessa os espaços principais da escola e é por excelência o espaço simbólico da aprendizagem contínua, interceptada por momentos de pausa e descoberta.
programa: Escola Secundária arquitectura João Fagulha, João Ruivo, Raquel Oliveira, Tudor Vasiliu estabilidade: Artur Pinto Martins, Pedro Martins arquitectura paisagista: Bound Arquitectos Paisagistas imagens 3D: Panoptikon cliente: Parque Escolar área: 13.320m2 orçamento: 12.275.000€ ano: 2010 localização: Mem Martins, Portugal fase: Concurso. 1º Prémio