A topografia acidentada do terreno existente revelou-se a condicionante mais importante para a definição da implantação do novo edifício do Posto de Limpeza. Optou-se por concentrar a construção a sul, colmatando a frente de rua, e libertando o espaço a norte para a criação de uma plataforma a uma cota mais elevada, dedicada às cargas e descargas e circulação de veículos pesados, com acesso desde nascente.
A secção transversal do edifício foi trabalhada de forma a que, apesar da sua condição de semi enterrado, todos os espaços do edifício desfrutassem de iluminação e ventilação natural. O piso dos balneários (piso 1) recua em relação às fachadas longitudinais, criando poços de luz que, por um lado iluminam a garagem e, por outro lado, libertam a fachada principal da necessidade de formalizar o pragmatismo dos vãos dos balneários e zonas de serviço (piso 2). Assim, a fachada principal assume-se como um plano abstracto, em tijolo de face à vista, perfurado em algumas zonas, e descolado do chão e da cobertura permitindo a iluminação e acesso ao nível do piso térreo, e vistas desafogadas sobre o rio no último piso onde se encontram os escritórios e cantinas.
programa: Posto de Limpeza arquitectura: João Fagulha, Raquel Oliveira arquitectura paisagista: Oficina dos Jardins especialidades: David Camões, Augusto Macedo, OHM Sor, Rui Baptista-Engenharia de Edifícios, Alice Cavaco Imagens 3d: Panoptikon cliente: Lisboa Ocidental SRU área: 1.697m2 localização: Lisboa, Portugal ano: 2020 fase: em curso